segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Opa.

Inspiração é um troço complicado. Há alguns dias eu estava cheia de assuntos e idéias pra esse blog. No momento seguinte, num piscar de olhos... CADÊ?

Cada um tem o seu meio de fazer brotar as idéias. Algumas pessoas fazem isso passeando por aí. Outras trabalhando feito cão. Existem aquelas também que anotam as idéias em caderninhos. Por outro lado, certas criaturas nascem com o dom da inspiração.

Comigo o processo tem vontade própria (e confesso que ele é tão preguiçoso quanto eu mesma). Ele surge quando dá na telha, aparece sem aviso prévio e some praticamente do nada. E agora que eu acabei de escrever isso, pensei: "hm, parece até que eu descrevi um cara". Enfim, devaneios pra-quê-te-quero.

A minha inspiração depende de como anda a minha vida. Sendo bem direta: se a minha vida tá uma merda, a inspiração some; se a minha vida tá legal, a inspiração aparece. Acho que isso tem um pouco a ver com o meu jeito otimista de ser, ou algo assim.

A maioria dos escritores escreve sobre dor, melancolia, traição, nostalgia... E eles se dão muito bem com isso. A escrita fica linda, cheia de poesia e intensidade.

Já no meu caso, o tipo de escrita que mais se aproxima da minha é a de livros de auto-ajuda. Piadas a parte, escrever sobre coisas positivas e divertidas é o meu lance. Quando eu escrevia coisas mais depressivas (por assim dizer) eu não ficava satisfeita comigo mesma. Já aqui, com esse tom de diálogo alto astral, eu tenho a sensação de dever cumprido.

É uma viagem, eu sei. Mas confesso que o meu estímulo pra escrever hoje, foi uma certa amiga me cobrando tal feito. Me senti na obrigação de vir aqui compartilhar alguma coisa. No caso, quis aproveitar pra escrever esse post de justificativa da minha ausência. Sabe como é, né...

Inspiração é um troço complicado. Há alguns dias eu estava cheia de assuntos e idéias pra esse blog. No momento seguinte, num piscar de olhos...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nham.

Um dos maiores prazeres da vida é comer. Utilizar o paladar e degustar diferentes alimentos é algo que todo ser humano curte e sabe fazer naturalmente. Afinal, temos até divisões na nossa língua pra distinguir sabores. Mas, então, por que nós insistimos em nos sentir culpadas por comer aquele bolo de chocolate ou aquela lasanha bolonhesa? Mulheres, né.

De verdade, eu não conheço NENHUMA mina que não se sinta mal e automaticamente mais gorda por comer "o que não devia". Essa coisa de ficar o tempo todo controlando o peso, evitando gordura, sofrendo por ter celulite, chorando porque engordou 100g... Isso é um absurdo!

Claro, não estou dizendo que é certo comer tudo o que vê pela frente, mas se dar pequenos e deliciosos mimos alimentícios é essencial pro bem-estar de qualquer pessoa. É como dizem as avós: basta comer com modos.

Ao invés de comer uma barra inteira de chocolate, coma só uma fileirinha. Deu, matou a vontade do doce. Quando bater aquela vontade de comer uma pizza, opte por uma de mussarela. Se tiver afim de um sanduíche, faz um daqueles sandubas naturais (pão integral, peito de peru, mussarela, salada, etc). Pra qualquer tipo de fome e gula dá-se um jeito.

Outro ponto da questão. O padrão de beleza atual é ser MAGRELA. Não digo nem magra, porque todo mundo sabe que atingir os padrões é difícil até pras que nasceram com o IMC baixo. Tudo bem, é a moda. Mas daí vamos ser sinceras: essa moda é pro gosto feminino ou masculino? Ou seja, quando tu resolve perder vários quilos pra se enquadrar naquele padrão super magro é pra agradar o sexo oposto ou impressionar as amigas? Acho que todas nós sabemos a resposta.

Todas as mulheres do mundo estão cansadas de saber que os homens gostam de CURVAS. Um peito que encha a mão, uma bunda redondinha e pernas torneadas fazem parte do menu masculino. Então me digam: PORQUE AS MULHERES QUEREM SER MANEQUINS ESTILO CABIDE? Um amigo me disse há tempos atrás: não existe avião sem pneu.

Eu sou uma que nunca estive feliz com o meu corpo. Braços gordinhos, bundão, coxão, peitinho e bochechas grandes - essa sou eu. Eis que uma amiga minha me disse um dia "Alemoa, é bonito ser fornida". Pra quem não sabe o que isso quer dizer, vou explicar.

Fornida quer dizer carnuda, robusta, NUTRIDA. Ou seja, gostosa.

Todas mulheres deveriam querer ser GOSTOSAS e não esqueléticas. Claro que existe beleza na magreza, não é isso que estou criticando. O que me incomoda é o fato de ISSO ser motivo pra muitas minas se sentirem infelizes e deixarem de comer pipoca com manteiga no cinema, por exemplo. Cinema exige pipoca (ou azedinhas, que seja).

Pessoas gostam de comer. Mulheres gostam de se sentir bonitas. Homens gostam de fornitude. Moral da história? Vamos comer moderadamente sem culpa que o resto se cria. Ninguém gosta de se sentir balofa (eu sei), mas é tudo uma questão de ponto de vista. Se você é daquelas que não consegue deixar de contar as calorias do que come, uma dica: vai caminhar e/ou correr. Além de queimar toda essa energia antes dela se transformar em gordura, o seu cérebro vai estimular hormônios, como a endorfina, que irão te deixar FELIZ.

Enfim, não acho certo deixarmos de comer aquilo que temos vontade só pelo fato de que engorda. Se for assim, até alface e pepino engordam. Tudo bem comer uma besteira aqui e ali, basta não exagerar. Abracem a fornitude. Eu abracei.

Guloseimas, curvas, beleza... Tudo junto e misturado.

domingo, 24 de outubro de 2010

Meninas dos olhos.

Há dias que eu não posto nada aqui, mas não por falta do que dizer. Nos últimos 4 dias eu estive muito ocupada com as minhas amigas. Com as boas e melhores amigas.

A maioria dos meus amigos são homens. Sempre foi assim e talvez sempre será. Mesmo assim, as amigas que eu tenho são as melhores. É aquela velha história de que quantidade não é melhor do que qualidade. Eu sei que essa história de "eu tenho as melhores amigas do mundo" é tão válida quanto a de que "eu tenho a melhor mãe mundo".

Mas a verdade é que eu tenho as melhores amigas PRA MIM, as melhores do MEU mundo.

Eu sempre tive facilidade pra fazer amizades, mas por algum motivo as minhas amizades femininas quase nunca duravam (salvas raras excessões). Não que eu brigasse com essas amigas ou coisa assim, a gente simplesmente sumia uma da vida da outra. O engraçado é que era totalmente do nada e recíproco, como se houvesse um prazo de validade que tivesse acabado.

Não sei se o problema era comigo ou com elas, mas isso começou a ser uma constante na minha vida. Uma constante que me incomodava demais. Foi aí então que eu desisti. Larguei de mão, parei de tentar ser amiga das gurias na minha volta e deixei a vida me levar.

Meus amigos me bastavam, desde sempre. Com eles eu dividia tudo sem problema algum, me divertia em todos os nossos encontros, tudo lindo. Mesmo assim, tinham certas coisas que esses amigos não entendiam. Ou melhor, entendiam mas não compreendiam. E eu ficava lá, com uma cara de tacho e com uma certa angústia dentro de mim por não ser perfeitamente compreendida. Não que a culpa fosse deles ou minha. O que nos separava era o fato de eu ser mulher e eles homens, não tinha o que fazer.

Eis que aos poucos, novas gurias foram surgindo na minha vida. Gurias com as quais o meu santo bateu logo de cara e a sintonia foi incrível. Elas, então, viraram minhas amigas. Mas dessa vez era diferente. Nenhuma delas era a minha nova MELHOR AMIGA. Todas eram as melhores de jeitos diferentes. Isso fazia com que ninguém se sufocasse ou vivesse em torno de dois umbigos só. Desde então, essas amizades só crescem e se completam. Minhas amigas ficaram também amigas. Eu começei a ser compreendida sempre e num fluxo super fácil. Começei a valorizar as mulheres da minha vida e percebi o quanto é importante tê-las do meu lado sempre. Hoje em dia não troco elas por nada. São pessoas que fazem parte da minha essência, da Letícia que eu me tornei e que continua vivendo e aprendendo.

Com elas que eu andei ocupada. Mas foram ocupações boas, necessárias. Amo minhas amigas como se fossem minha família. Dizem que os amigos são a família que a gente escolhe, né? Então com elas eu estou cheia de irmãs, filhas, mães, tias e primas. Uma família não tão grande, porém unida.

Esse post é dedicado à elas. Acordei me sentido sortuda por ter tanta gente querida na minha vida. Sou feliz por isso e sei que não estou nessa sozinha. Uma vez me disseram "existem coisas que só um grupo de minas faz por você". Não tenho como negar: essa é a mais pura verdade. Girls just wanna have fun. Quem ama, cuida. É impossível ser feliz sozinho.

Esse é pra vocês, gurias. Com muito amor. Sempre.